quarta-feira, 31 de março de 2010
Via Extinção
Rua Fidalga, 362. Escrivaninhas, marquesas, cantoneiras, toalheiros... Um show de arte talhada em madeira. O que poucos sabem é que a matéria-prima vem de demolições do Paraná – quem conhece o interior do Estado sabe que a maioria das edificações foi construída com peroba-rosa, uma madeira raríssima e em vias de extinção – mas confeccionada em Minas Gerais. Objetos inusitados que resgatam em profundidade a cultura regional.
Arte na Vila
No último fim de semana (27 e 28) a Vila foi ‘invadida’ por visitantes interessados na 9ª Arte da Vila. Trata-se de evento aberto a admiradores das várias facetas artísticas. Mais de 60 ateliês mantiveram as portas abertas com obras que estimulam a reflexão sobre o tema. “Sustentar, resistir, animar, reafirmar, defender, nutrir... Esse é o objetivo da intervenção”, explica o idealizador, Valfrido Lima.
Shows, performances, exposições... Foi um fim de semana lindo, que reuniu mais de 200 artistas e milhares de pessoas, reafirmando o caráter da Vila Madalena como polo de manifestações artísticas e, portanto, culturais, que incentivam à interpretação da vida de forma mais ampla e significativa.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Harmonia
Deslize pela Rua Harmonia e descubra o charme da Vila. Pit stop no nº 161. O endereço conjuga um misto de artesanato e gastronomia multifacetada. Heloisa Bacellar, a proprietária, costuma ser encontrada rente ao balcão, entre panelas, e, amiúde, tricotando alguma arte. “Você gostou da minha parede verde? As latas viraram vaso!”, diz. “Adorei!”
Heloisa, autora de livros como ‘Entre Tigelas e Panelas’ e ‘Cozinhando para Amigos’, situa logo: Priorizamos os pratos orgânicos; e a cultura brasileira. No cardápio, artesãos de Petrópolis (RJ) e de outras partes do país.
Balance entre o bobó de bacalhau, picadinho de carne-seca com banana-da-terra ou o ensopado de siri. Ah! E não esqueça da tubaína, do vinho francês e da cachaça especial. Se quiser agradar a mulher ou a sogra, leve uma flor de sal do Ceará, um azeite de maçã, uma peça de salame, uma lingüiça curada, um pirulito...
História
Este painel, localizado na Av. Henrique Schaumann, próximo à Pça Benedito Calixto, no vizinho Pinheiro – onde rola a tradicional feirinha aos sábados –, chama atenção pelo paradoxo. No nível superior, carros enfileiram-se no estacionamento. No inferior, o grafite de meios de transporte do início do século passado. Note que as árvores, que ladeiam o enquadramento, são reais.
Migrantes
quarta-feira, 10 de março de 2010
Manhã de Sol
Ainda é assim... O humilde vendedor pedala lentamente sua antiga bicicleta, ostentando na dianteira um enorme cesto de pães, caseiros. Uma senhora, sentada no banquinho de cimento, construído no pequeno jardim, conversa com seu companheiro, sob o ameno sol da manhã. Ele poda o roseiral. O velho nota a aproximação do padeiro ambulante e faz um sinal com a mão, solicitando parada. Enquanto realiza a compra, os três engatam uma conversa que se estende por longos minutos. Não há pressa, e o tempo parece não existir.
Maracujina
Impressionante o tamanho do ‘pé de maracujá’ que se desenvolveu entre os fios de ligação telefônica, na Rua Mourato Coelho. É bárbaro ver tantos frutos pendentes e a exuberante folhagem da trepadeira. O duro é a concorrência. Quem vai quer comprar maracujá na feira, que acontece aos sábados, com tanto fruto no pé?
Contraste
Edifícios como o do Instituto Tomie Ohtake, onde a modernidade resplandece em magnitude,são uma constante na Vila. Mas não estranhe se ao lado do prédio houver uma casinha antiga,que se transformou em pensionato – ou cortiço se assim preferir chamar. São os contrastes da Vila Madalena onde, caminhando pelas ruas, pode-se deparar com um famoso ‘pop star’ ou com o mais humilde marceneiro. Na foto, tirada do ‘hall’ de um elegante edifício, uma mulher estende a roupa no varal.
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