Reduto de grafiteiros, cinegrafistas e fotógrafos – q utilizam o
espaço como cenário –, o Beco do Batman entrou no circuito internacional da
street art – e de assaltantes à espreita de turistas. “Estava passando por lá
quando vi dois adolescentes franzinhos com arma em punho e uma fila de gringo sentado
no chão”, diz o taxista Luciano. “Acelerei e atiraram no carro. A bala quase
atingiu minha passageira”, explica, enquanto ergue o capô para indicar o
perigo.
“Meu filho estava chegando da escola no momento do assalto mas
eles o deixaram entrar em casa”, lembra a moradora do Beco, Tânia, atrás das
grades da janela. “Estou com muito medo”. De acordo com Pablo, do Tag and Juice
– no âmago da principal rua –, há cerca de uma semana houve arrastão. “As
pessoas entravam correndo para se esconder.”“Foi realmente uma loucura”, diz a proprietária do bar, na esquina do Beco, Nilsa. “Os turistas pediam desesperadamente que guardasse seus equipamentos.”
O setor imobiliário também mostra as garras. Sobrados estão sendo construídos com vista para o cenário.
Os únicos que não ganham dinheiro com o movimento são os artistas que embelezaram o quadrilátero com pinturas - abandonado pelo poder público.
Segundo relatos, os caras abordam as pessoas com armas de fogo, abrem bolsas, mochilas e pedem que coloquem todos os pertences no interior. Nos últimos dias, policiais à paisana têm circulado na região.
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