Há tempos um grupo de moradores, comerciantes e investidores da Vila Madalena reúnem-se para discutir e propor soluções para o Bairro. Liderados pela arquiteta Raquel Rolnik (docente da FAU/USP), eles criaram oficinas onde debatem questões ligadas à verticalização, tombamento, enchentes, conflito de usos, moblilidade, arte e apontam possíveis saídas. O movimento ganhou força na reunião de 11/11/2012, quando cartazes foram divulgados na região.
As discussões interessam principalmente aos donos de pequenos imóveis que acompanham desconfiados o surgimento de vários edifícios de luxo. Até mesmo os apartamentos do BNH, na Rua Delfina, triplicaram o preço.
O adensamento – agravado pelo caráter boêmio do bairro –, que despejou frotas de veículos, inclusive ônibus, pelas estreitas ruas levou o grupo a disseminar o conceito de ‘gentileza urbana’ para pedir aos motoristas mais tolerância, já que o problema do trânsito é de âmbito civil, não militar. Nesse ponto existe a reivindicação de calçadas mais largas.
O avanço da verticalização divide opiniões. Há os que defendem a paralisação imediata da construção de prédios e os que pedem um Plano de Bairro, com diretrizes de planejamento urbano. Todos concordam que as transformações do bairro não estejam atreladas à especulação imobiliária.
O que se pretende é chegar a uma equação que conjugue a identidade da Vila, caracterizada por casinhas, vielas, árvores, pássaros, ao inevitável desenvolvimento tecnológico. “Precisamos pensar na construção de um projeto participativo de um plano para quem vive, quem investe e quem usa o bairro. A partir disso, podemos pensar quais os instrumentos que vão estar de fato a serviço deste plano. Pode ser que seja o zoneamento, pode ser que seja o tombamento e tudo o que quisermos inventar”, explica Raquel Rolnik.
Se a moda pega, adeus subprefeituras, adeus corrupção, adeus desvio de verba... (salve a Internet!!!).
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