sexta-feira, 27 de julho de 2012

Soslaio












As obras na construção do teatro, no Centro Cultural Rio Verde, avançam meticulosamente, etapa por etapa. A complexidade do projeto conjuga arquitetura, funcionalidade e escolha criteriosa dos elementos. As janelas com os belíssimos vitrais indicam que, neste item, a produção tem sido criteriosa.

Os desenhos imprimidos parecem observar o entorno do edifício, compondo um belíssimo enquadramento. Através deles é possível ver os grafites do Beco do Aprendiz, a quadra de esportes, as ruas, árvores, flores, transeuntes... Imagens que, emolduradas pelas cores e fantasias das pinturas tornam-se tão mágicas quanto um cenário.

O projeto, assinado por Ricardo Bellio será multiuso com teatro, dança, música e cinema. Parece que Deus Baco já está dando as caras por lá.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Página






Sempre que passava pela Rua Mourato Coelho gastava longos minutos a observar esta casa, que na verdade lembrava um sítio, com jardim em terra batida, grandes árvores e arquitetura simplória. Havia um velho e enorme cão, meio cego, sem raça definida. Surpreendi-me, outro dia, ao constatar que a antiga construção transformou-se em escombros, juntando-se ao enorme estacionamento vizinho. É mais uma página virada na história deste bairro que, aos poucos, avança em opaca verticalização.

sábado, 21 de julho de 2012

Epílogo










O avanço das construtoras na verticalização da Vila é visto às claras no quadrilátero das Ruas Aspicuelta, Harmomia, Wisard e Fidalga. Quatro casas geminadas, típicas do bairro, na Rua Madalena, estão sendo demolidas para dar lugar a um prédio residencial.
Na paralela Rua Simpatia os tapumes da Idea Zarvos – a construtora mais ativa no bairro – demarcam uma grande área. Na Fidalga, as obras do enorme edifício já alcançam o quarto piso, enquanto as da Rua Girassol estão praticamente concluídas. Já na Aspicuelta aguarda-se o início da construção de um mini Shopping Center. Quatro casas, entre a Harmonia e Girassol, onde funcionavam lojas comerciais – entre as quais a do estilista Ronaldo Fraga –, foram esvaziadas.     
Em 2011 três outros megaempreendimentos foram erguidos em tempo recorde. Outras edificações de menor porte pipocam em vários pontos da região. Seria o fim das tradicionais casinhas que caracterizam a Vila?