quarta-feira, 22 de maio de 2013

CORINGA










Reduto de grafiteiros, cinegrafistas e fotógrafos – q utilizam o espaço como cenário –, o Beco do Batman entrou no circuito internacional da street art – e de assaltantes à espreita de turistas. “Estava passando por lá quando vi dois adolescentes franzinhos com arma em punho e uma fila de gringo sentado no chão”, diz o taxista Luciano. “Acelerei e atiraram no carro. A bala quase atingiu minha passageira”, explica, enquanto ergue o capô para indicar o perigo.
“Meu filho estava chegando da escola no momento do assalto mas eles o deixaram entrar em casa”, lembra a moradora do Beco, Tânia, atrás das grades da janela. “Estou com muito medo”. De acordo com Pablo, do Tag and Juice – no âmago da principal rua –, há cerca de uma semana houve arrastão. “As pessoas entravam correndo para se esconder.”

“Foi realmente uma loucura”, diz a proprietária do bar, na esquina do Beco, Nilsa. “Os turistas pediam desesperadamente que guardasse seus equipamentos.”

O setor imobiliário também mostra as garras. Sobrados estão sendo construídos com vista para o cenário.

Os únicos que não ganham dinheiro com o movimento são os artistas que embelezaram o quadrilátero com pinturas - abandonado pelo poder público.  

Segundo relatos, os caras abordam as pessoas com armas de fogo, abrem bolsas, mochilas e pedem que coloquem todos os pertences no interior. Nos últimos dias, policiais à paisana têm circulado na região.

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